domingo, 28 de dezembro de 2014

Não Te Conto o Meu Segredo


416 Páginas
Sinopse
Traumatizada pelo seu trágico passado, Joss muda-se dos Estados Unidos para a Escócia, onde espera começar uma nova vida. No anonimato da romântica Edimburgo, esconde-se no seu casulo. Durante quatro anos tenta negar as suas dolorosas memórias, refugiada na escrita, no sonho de um dia, finalmente, pôr os seus fantasmas no papel. Mas de repente tudo muda. Obrigada a procurar uma nova casa, descobre um luxuoso apartamento em Dublin Street. E descobre também o desconcertante Braden Carmichael, um carismático milionário, que exerce sobre ela um irresistível fascínio. Joss vê-se numa encruzilhada. Sabe que a atracção entre ambos é imediata, avassaladora. Mas os demónios do seu passado impedem-na de se entregar ao sensual escocês. É então que ele lhe propõe um estranho acordo, que lhes permitirá explorar desenfreadamente a paixão que os une, sem no entanto se envolverem emocionalmente. Joss aceita. E no início acredita, inocentemente, que o acordo vai resultar. Mas a Braden os encontros escaldantes não chegam, quer mais, muito mais, quer tudo. Quer desvendar-lhe todos os segredos, quer pôr-lhe a alma a nu - e está disposto a mudar o que for preciso para tê-la por inteiro.

Opinião:


 Decidi começar a minha contribuição para este cantinho com um livro do qual gostei muito, entrou diretamente para o meu Top 5 e é sem dúvida um dos melhores livros que li.

Gostaria de iniciar esta opinião com um pequeno apontamento em relação ao título e à capa escolhidos pela Editora Lua de Papel. O titulo “Não te conto o meu segredo” faz-nos pensar e cria no leitor uma certa curiosidade em tentar descobrir qual é esse segredo, no entanto, apesar de entender qual foi a intenção do tradutor e da editora penso que este não é um título muito adequado ao texto que verte pelas páginas do livro e com isto quero dizer que sendo o titulo original “On Dublin Street” e não havendo assim um segredo tão cabeludo que a protagonista não pode contar, penso que este ficou um bocadinho ao lado.

A capa como seria de esperar (como acontece na maior parte dos casos) está em sintonia com o título atribuído, no entanto, quando recebi o livro vi lá uma coisinha que me deu vontade de puxar os cabelos e o nariz a quem teve a brilhante ideia de lá a colocar. Estou a referi-me àquele autocolante amarelo ou amarelo-torrado que lá está colado (coisa que mal cheguei a casa arranquei e rasguei). Antes que pensem que estou para aqui a falar apenas de estética, parem e leiam o que lá diz “ O melhor romance desde Cinquenta Sombras de Grey”, para mim, é impensável fazer esta comparação, são dois livros completamente diferentes quer a nível de conteúdo quer a nível rítmico de leitura, por isso, acho tremendamente injusto quando vejo um autocolante assim num livro porque não é por eu ter gostado (ou não) de 50 sombras que vou pegar nele só porque tem lá chapado na capa que é o melhor a seguir a esta trilogia e sinceramente já cansa ler em sinopses e autocolantes que este ou aquele livro supera ou é tão bom como 50 sombras, já chega.

Ora bem, retomando agora ao que importa, devo dizer que li este livro bastante rápido, absorveu-me completamente para uma história tremendamente hilariante.

De um lado temos a Jocelyn, protagonista feminina deste romance, uma personagem mais fechada, fria e uma pouco calculista que teme abrir-se para o mundo porque desde cedo se habituou a virar-se sozinha sem nunca pensar que precisava realmente de alguém.

Do outro lado da moeda temos o Braden, bem-sucedido, bastante requisitado pelo sexo feminino e muito muito divertido, se houve personagem que me fez agarrar à história e me fez soltar gargalhadas sonantes ao longo da leitura foi este menino.

O enredo está bem organizado e o leitor sente-se de tal forma embrenhado na história que acaba por não conseguir pousar o livro até que tenha bebido toda a história até à última letra. É um livro muito completo, consegue deixar-nos com raiva de atitudes, personalidades, manias e ao mesmo tempo faz-nos literalmente ficar com dores de barriga de tanto rir. Jocelyn e Braden são simplesmente fenomenais, com as suas línguas aguçadas e ternura irresistível

Não poderia deixar de falar também na carga erótica (leve) que paira sobre o desenrolar do romance que ambos partilham, creio que posso afirmar que se torna prazeroso para o leitor acompanhar a própria evolução mais intima do casal porque até aí nos fazem rir, é delicioso poder respirar e não nos sentirmos esmagados pela sobrevalorização sexual que encontramos nos livros etiquetados como sendo romance erótico.

Se estão à procura de um livro divertido, um tanto ou quanto maroto, mas sem exageros, aconselho vivamente que leiam este e se faz favor não se apaixonem pelo Braden, já é namorado literário de muitas meninas e a coisa pode ficar feia para quem as desafiar.




Lá fora

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