Sinopse
Traumatizada pelo seu trágico passado, Joss muda-se dos Estados Unidos
para a Escócia, onde espera começar uma nova vida. No anonimato da
romântica Edimburgo, esconde-se no seu casulo. Durante quatro anos tenta
negar as suas dolorosas memórias, refugiada na escrita, no sonho de um
dia, finalmente, pôr os seus fantasmas no papel. Mas de repente tudo
muda. Obrigada a procurar uma nova casa, descobre um luxuoso apartamento
em Dublin Street. E descobre também o desconcertante Braden Carmichael,
um carismático milionário, que exerce sobre ela um irresistível
fascínio. Joss vê-se numa encruzilhada. Sabe que a atracção entre ambos é
imediata, avassaladora. Mas os demónios do seu passado impedem-na de se
entregar ao sensual escocês. É então que ele lhe propõe um estranho
acordo, que lhes permitirá explorar desenfreadamente a paixão que os
une, sem no entanto se envolverem emocionalmente. Joss aceita. E no
início acredita, inocentemente, que o acordo vai resultar. Mas a Braden
os encontros escaldantes não chegam, quer mais, muito mais, quer tudo.
Quer desvendar-lhe todos os segredos, quer pôr-lhe a alma a nu - e está
disposto a mudar o que for preciso para tê-la por inteiro.
Opinião:
Decidi começar a minha contribuição para este cantinho com um livro do qual
gostei muito, entrou diretamente para o meu Top 5 e é sem dúvida um dos
melhores livros que li.
Gostaria de iniciar esta opinião com um pequeno apontamento em relação ao
título e à capa escolhidos pela Editora Lua de Papel. O titulo “Não te conto o
meu segredo” faz-nos pensar e cria no leitor uma certa curiosidade em tentar
descobrir qual é esse segredo, no entanto, apesar de entender qual foi a
intenção do tradutor e da editora penso que este não é um título muito adequado ao
texto que verte pelas páginas do livro e com isto quero dizer que sendo o
titulo original “On Dublin Street” e não havendo assim um segredo tão cabeludo
que a protagonista não pode contar, penso que este ficou um bocadinho ao lado.
A capa como seria de esperar (como acontece na maior parte dos casos) está
em sintonia com o título atribuído, no entanto, quando recebi o livro vi lá uma
coisinha que me deu vontade de puxar os cabelos e o nariz a quem teve a brilhante
ideia de lá a colocar. Estou a referi-me àquele autocolante amarelo ou amarelo-torrado
que lá está colado (coisa que mal cheguei a casa arranquei e rasguei). Antes
que pensem que estou para aqui a falar apenas de estética, parem e leiam o que
lá diz “ O melhor romance desde Cinquenta Sombras de Grey”, para mim, é
impensável fazer esta comparação, são dois livros completamente diferentes quer
a nível de conteúdo quer a nível rítmico de leitura, por isso, acho
tremendamente injusto quando vejo um autocolante assim num livro porque não é por
eu ter gostado (ou não) de 50 sombras que vou pegar nele só porque tem lá
chapado na capa que é o melhor a seguir a esta trilogia e sinceramente já cansa
ler em sinopses e autocolantes que este ou aquele livro supera ou é tão bom
como 50 sombras, já chega.
Ora bem, retomando agora ao que importa, devo dizer que li este livro
bastante rápido, absorveu-me completamente para uma história tremendamente
hilariante.
De um lado temos a Jocelyn, protagonista feminina deste romance, uma
personagem mais fechada, fria e uma pouco calculista que teme abrir-se para o
mundo porque desde cedo se habituou a virar-se sozinha sem nunca pensar que
precisava realmente de alguém.
Do outro lado da moeda temos o Braden, bem-sucedido, bastante requisitado
pelo sexo feminino e muito muito divertido, se houve personagem que me fez
agarrar à história e me fez soltar gargalhadas sonantes ao longo da leitura foi
este menino.
O
enredo está bem organizado e o leitor sente-se de tal forma embrenhado na
história que acaba por não conseguir pousar o livro até que tenha bebido toda a
história até à última letra. É um livro muito completo, consegue deixar-nos com
raiva de atitudes, personalidades, manias e ao mesmo tempo faz-nos literalmente
ficar com dores de barriga de tanto rir. Jocelyn e Braden são simplesmente
fenomenais, com as suas línguas aguçadas e ternura irresistível
Não
poderia deixar de falar também na carga erótica (leve) que paira sobre o
desenrolar do romance que ambos partilham, creio que posso afirmar que se torna
prazeroso para o leitor acompanhar a própria evolução mais intima do casal
porque até aí nos fazem rir, é delicioso poder respirar e não nos sentirmos
esmagados pela sobrevalorização sexual que encontramos nos livros etiquetados
como sendo romance erótico.
Se
estão à procura de um livro divertido, um tanto ou quanto maroto, mas sem
exageros, aconselho vivamente que leiam este e se faz favor não se apaixonem
pelo Braden, já é namorado literário de muitas meninas e a coisa pode ficar
feia para quem as desafiar.
Lá fora |
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