Género: Juvenil
Páginas: 256
Editora: Oficina do livro
Cortesia de: Clube dos livros
Como acontece com todos os burros, Cadichon só faz aquilo que lhe apetece, e a verdade é que é dono de uma forte personalidade.
Um
belo dia, cansado dos maus-tratos que os seus donos lhe infligem decide
levar a vida à sua maneira, não deixando porém de fazer uns servicinhos
aqui e ali e de dar umas ajudas a quem encontra pelo caminho.
Memórias de um Burro Sábio é a história de um burro cinzento -
Cadichon - um anti-herói que graças ao seu bom senso protagoniza
situações inverosímeis e manifesta as suas múltiplas capacidades. Salva a
pequena Paulina de um incêndio conquistando a sua eterna gratidão,
ajuda os guardas a apanhar ladrões refugiados na ruínas, socorre uma
velhota e um saltimbanco, salva a vida a um endiabrado rapaz que lhe
assassinara o seu melhor amigo, o burro Médor.
Cadichon, apesar da sua condição de burro e da arrogância dos homens
para com os animais da sua condição, prova que pode ser útil na
adversidade. A Condessa de Ségur ao dar vida a Cadichon, pensou
seguramente no burro bíblico que aqueceu os pés do menino no presépio,
lembrou também aquele outro que conduziu o menino a caminho do Egipto e,
porque não, no burro que transportou Cristo quando da sua entrada
triunfante em Jerusalém no dia de Ramos?
Ler este livro foi uma viagem ao passado. Quem nunca leu Condessa de Ségur?
Ainda me lembro de os ler às escondidas na cave de uma amiga. Desde as Meninas exemplares, Os desastres de Sofia, o anjo da guarda.
Em relação a este livro lendo-o agora com uma outra visão, só posso ficar contente por a oficina do livro os estar a reeditar, com umas capas tão engraçadas. Estes livros transmitem valores que infelizmente neste momento não existem muito na gerações mais novas.
Cadichon ensina as crianças que o dinheiro não é tudo. Que o amor e a amizade são o mais importante. Que devemos ser honestos e pensar nos outros.
Uma lição de vida para todos.
Foi o primeiro livro que li, aos 9 anos, em 1961. E não me esqueci dele. Recomendo.
ResponderEliminaré lindo não é...
ResponderEliminarmuito obrigada pela sua opinião. Acho fantástico que a internet nos consiga conectar com pessoas do outro lado do atlântico, com interesses comuns.
Eu deveria ter entre 9 e 10 anos quando ganhei de meu pai este livro... que ao ler chorei e ri com as aventuras de Cadichon... e reli muitas vezes... ate que um dia numa mudança de uma casa pra outra o livro sumiu e deixou um vazio na prateleira mas não na memoria e no coração...
ResponderEliminarCelia agora ele está novamente a ser editado e Portugal e é delicioso que as novas gerações sintam o que nós sentimos quando éramos crianças.
ResponderEliminarMuito obrigada pela sua opinião.